15 de março: o dia dos bolsonaristas partirem para as ruas

Apoiadores do então presidente da República, Jair Bolsonaro, estão organizando manifestações em várias cidades pelo país não somente para defender o apoio ao atual governo, mas também como forma de ataque ao Congresso, em específico, aos líderes Rodrigo Maia (DEM - RJ), presidente da Câmara, e Davi Alcolumbre (DEM - AP), presidente do Senado. Os atos dos eleitores de Bolsonaro e demais apoiadores já está marcado, sendo 15 de março o dia escolhido. De acordo com informações divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo, representantes dos grupos conservadores já confirmam atos em mais de 60 cidades pelo país.

Inicialmente, o movimento defenderia a proposta que determina a prisão após condenação em segunda instância. Além disso, seria um momento oportuno para recolher assinaturas para a criação do partido Aliança. A pauta defendida pelos atos de manifestação mudou após a declaração do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General Augusto Heleno, que durante hasteamento da bandeira no Palácio do Planalto, na manhã de terça-feira (18), afirmou que o Executivo não pode aceitar chantagens do Congresso. “Nós não podemos aceitar esses caras chantagearem a gente o tempo todo. Foda-se!”, exclamou.

Nas redes sociais e em grupos de Whatsapp, já circulam vídeos incentivando os eleitores e apoiadores do governo atual para irem às ruas participarem das manifestações, inclusive Bolsonaro compartilhou tal convocação. O líder do partido de oposição, Alessandro Molom (PSB - RJ) declarou por meio de nota enviada à Folha que é preciso parar Bolsonaro e que as forças democráticas precisam se unir agora em defesa da democracia. “Ao não encontrar soluções para o país, ao se sentir sozinho, isolado e frágil, Bolsonaro apela ao que todos temíamos: a um ato autoritário contra a própria democracia. Não dá mais!", disse o opositor.

Novamente Jair Bolsonaro prova a sua falta de postura para o cargo que ocupa. Incitar o autoritarismo, querer vencer opositores na base do grito, além de espalhar declarações racistas, misóginas e pobres de conteúdo, ter comportamentos de imposição, pensamentos antiquados e tantas outras coisas que temos visto diariamente são alguns exemplos de suas ações. Seriam essas condutas adequadas para um presidente? Defensor da democracia ou da ditadura? O país se orgulha do seu representante máximo? Vez ou outra, a imprensa estrangeira estampa em suas capas o que as pessoas pelo mundo pensam e como enxergam o presidente brasileiro.

Aqui no Brasil será que os cidadãos possuem a noção de como estamos e para onde caminhamos? Estamos evoluindo com o conservadorismo, que busca apenas preservar estruturas tradicionais, se opondo a todo tipo de diferenças e ideias progressistas, ou estamos regredindo? A sociedade brasileira está crescendo ou encolhendo no modo de pensar?

Dentro de dois anos, aproximadamente, será um ano eleitoral, no entanto, será que o brasileiro saberá utilizar o poder do seu voto? Enquanto 2022 não chega, 15 de março está bem próximo, provavelmente veremos mais uma vez ataques ferrenhos à democracia e ao progresso, palavra que, por sinal, este país carrega em sua bandeira.