Será que o rock vive de som velho?
É difícil de acreditar, mas depois da Not In This Lifetime, uma turnê extensa de dois anos de apresentações ao redor do mundo, o Guns and Roses está prestes a lançar um material inédito. O primeiro em 28 anos. Isso aconteceu depois de inúmeros vaivéns de notícias sem fundamento a respeito da relação supostamente conturbada entre Axl Rose e Slash. O fato é que ambos, somados ao baixista Duff McKagan estão de volta ao jogo.
Steven Adler e Izzy Stradlin, outros dois companheiros da era clássica do grupo, foram contatados para participar dessa nova jornada, mas sem sucesso. Por enquanto, o grupo tem o layout clássico mantido por Axl Rose, Slash e Duff Mckagan. O trio recebe a companhia de Frank Ferrer, Richard Fortus, Dizzy Reed e Melissa Reese.
No mesmo impasse do retorno da formação clássica está o Blink-182, que desde 2015 está sem o guitarrista e vocal de apoio original, Tom DeLongue. Mas neste caso, o músico parece apresentar ou inveja ou apenas está retardando um possível retorno com os antigos colegas Mark Hoppus e Travis Baker.
É interessante notar que, mesmo fora do Blink-182, DeLongue desenvolveu outras habilidades antes desconhecidas pela grande massa. Se envolveu com a ufologia, tendo vindo ao Brasil no ano passado como palestrante do XVIII Congresso Brasileiro de Ufologia. Na música, porém, ele está assumindo os vocais e a guitarra no grupo Angels & Airwaves.
O cenário musical ainda entra em maior conturbação após a confirmação da morte de André Matos, músico paulistano internacionalmente conhecido por ter integrado grupos como Angra e Shaman. Repentino, o falecimento de Matos ocorreu em 08 de junho de 2019, dias após sua apresentação ao lado do grupo Avantasia, em São Paulo. Com a ocorrência foi construída uma grande lacuna no cenário musical mundial, mas principalmente nacional.
Com outros músicos consagrados envelhecendo cada vez mais, o universo do rock deve continuar investindo em representantes da nova era. O preconceito com os grupos novos consequentemente precisa acabar, afinal, só assim para manter o gênero vivo e cheio de gás. Nesse processo, é importante lembrar que o ouvido sempre será o melhor guia. Sem ouvir os produtos fonográficos recentes, não existe meios de opinar a respeito dos mesmos.