Juventude pelo clima: milhares de jovens se unem em protesto

Jovens de 123 países se uniram em prol de ações políticas contra as mudanças climáticas

Foto: Greve Global por um Futuro - via Reuters

 

Na última sexta-feira (15), a adolescente Greta Thunberg, 16 anos, contou com o apoio de jovens de 123 países, que repetiram a sua greve escolar. Desde agosto de 2018, Greta falta todas as sextas-feiras do colégio e fica sentada em uma praça localizada na frente do Parlamento da Suécia. O objetivo é conseguir ações políticas contra as mudanças climáticas. Nas redes sociais, jovens de todo o mundo utilizaram a hashtag #strikeforclimate.


Iniciado por Greta, o movimento já tem alcance mundial, o que proporcionou à adolescente discursar em diversos eventos, entre eles, o Fórum Econômico Mundial, na Suíça, em janeiro. A iniciativa também rendeu a indicação ao Prêmio Nobel da Paz, feita por três políticos noruegueses, que consideraram que as ameaças ambientais podem causar guerras e conflitos.

Para o agendamento dos protestos, a Juventude pelo Clima divulgou uma carta aberta convocando os jovens a participarem da paralização de sexta-feira: 

“Nós não aceitaremos mais essa injustiça. Nós exigimos justiça climática! Exigimos justiça para todas as vítimas passadas, atuais e futuras da crise climática. Por isso estamos lutando! Milhares de jovens tomaram as ruas, nas últimas semanas, em todo o mundo. Agora vamos fazer nossas vozes serem ouvidas. No dia 15 de março, protestaremos em cada continente.”

Iniciativa

Filha do ator Svante Thunberg e da cantora lírica Malena Eam, a mãe da jovem revela no livro "Scenes from her Heart", publicado no final do ano passado, que a filha tinha 11 anos quando começou a interessar-se pelo assunto. Segundo Greta, sua dedicação à crise climática, surgiu ao questionar a importância do assunto para as outras pessoas.  O projeto “Fridays For Future” iniciou com a intenção de durar três semanas, porém a jovem resolveu continuar. Para Greta, ainda falta a adesão de adultos e políticos, conforme entrevista dada ao portal G1: 

"Sinto que poucos deles estão escutando. Mas também acho que a maioria deles ainda não têm o conhecimento básico sobre a crise climática. Isso é porque eles estão ocupados fazendo outras coisas para serem reeleitos."